Todos os anos, milhares de computadores são invadidos ao redor do mudo pelos mais diversos motivos e com os mais variados métodos de invasão. No entanto, é possível mitigar esses impactos com aplicações em cibersegurança.
Para você ter uma ideia, segundo relatório da rede de antivírus ESET, em comparação com o ano passado, o Brasil teve um acréscimo de 856% durante o primeiro semestre. Se olharmos para um panorama geral, ainda segundo a pesquisa, é possível constatar que o Brasil é o 5° país do mundo que mais sofre com esses tipos de invasões.
Assim, a cibersegurança pode frear possíveis invasões e blindar as empresas de terem suas operações comprometidas. No artigo de hoje iremos nos aprofundar bastante nesse conceito. Confira!
O que é cibersegurança?
A cibersegurança pode ser definida como um conjunto de práticas que tem a missão de assegurar a navegação segura dos usuários em diferentes aparelhos eletrônicos. Até por isso ela também é chamada de segurança da tecnologia da informação.
É seu uso que evita as invasões de hackers com objetivos maliciosos. A prática, no entanto, também serve para recuperar sistemas que já tenham sido corrompidos.
Dessa forma, uma empresa pode tanto usar a cibersegurança para manter uma rede segura, quanto para treinar e educar o usuário final (que geralmente não tem conhecimentos técnicos de TI). Por conta disso, esse é um conceito bem amplo e pode agir em muitas camadas diferentes dentro e fora de uma empresa.
Assim, independente da forma como a organização realiza suas atividades, podendo ser na área de informática ou não, se ela utiliza aparelhos digitais, é necessário aplicar os conceitos de cibersegurança. E isso nos leva ao próximo ponto deste artigo.
Qual a importância da cibersegurança?
Uma palavra poderia responder a essa pergunta: “total”.
A cibersegurança é de suma importância para qualquer ambiente onde há informações sendo trocadas, não importa a atividade que esteja sendo realizada.
Uma empresa que atua no modelo home office, por exemplo. Se ela usa dados computacionais para parte de sua operação, é necessário colocar a prática da segurança da informação em dia. Do contrário, informações sigilosas podem ser colocadas em risco. E todos sabemos que, nos dias atuais, é praticamente impossível manter as operações de uma empresa em ordem sem qualquer auxílio de tecnologia da informação.
Para exemplificar melhor essa importância, basta pensar o que pode acontecer com uma empresa que não dá destaque para a segurança de seus dados. Existe no universo dos hackers um vírus chamado ransomware. Seu objetivo é simples: travar o sistema do alvo e cobrar o usuário para a liberação desse sistema. Uma forma de sequestro com extorsão financeira.
Agora coloque um ransomware dentro de uma empresa para ver o estrago. Uma única invasão pode causar danos sem precedentes, custando milhões de dólares aos cofres da organização, que pode demorar anos para se recuperar.
Consegue conceber a magnitude do problema? Somente no primeiro trimestre de 2021, sete bilhões de tentativas de invasão foram notificadas apenas na América Latina. Não é à toa que esses tipos de ataques se tornaram tão comuns no início da pandemia.
Afinal, boa parte das organizações precisaram migrar para o digital, mas não tinham segurança nenhuma.
Assim, se o mundo vê os ataques cibernéticos crescerem, é a aplicação adequada da cibersegurança que pode frear esses avanços mal intencionados.
Quais são os motivos dos ataques cibernéticos?
Existem diferentes motivos para uma empresa ser invadida. As premissas vão desde objetivos políticos, extorsão ou até a simples vontade de pessoas em colocar medo em seus alvos.
É possível dividir essas motivações em três grupos diferentes: crime virtual, ataque cibernético e terrorismo cibernético. Cada um deles tem suas particularidades e geralmente contam com alvos diferentes.
Começando pelo terrorismo cibernético, ele basicamente busca invadir um sistema para gerar pânico no alvo. E quem seriam as pessoas mais afetadas? Governos, empresas de suma importância para a economia de um país, jornais, etc.
Tudo que possa servir como palanque para chegar até a mídia poderia servir para um ataque terrorista desse gênero. Afinal, o objetivo é impactar, mostrar força e transmitir a mensagem: “nós estamos aqui”.
Os ataques cibernéticos esbarram em alguns alvos do terrorismo, principalmente se tratando de agentes políticos. Mas, nesse conceito de ataque, o modo de operação e a motivação são diferentes.
Um ciberataque visa o roubo de dados para beneficiar o hacker de alguma forma. Seu objetivo não é assustar em grande escala, mas forçar o alvo a se submeter às exigências do próprio invasor ou de quem o contratou.
A pura obtenção dos dados, por si só, pode ser o desejo de quem realiza esses ataques. Esses que podem ser valiosos em estratégias polícias internas ou externas. De todas as motivações, esta é a que mais apresenta intenção de causar o mal.
Por fim, temos o crime virtual. O conceito dessa motivação é simples: rouba-se dados ou infectam-se computadores para lucros financeiros rápidos. Os já citados vírus ransomware são a arma perfeita nesses casos, apesar de não a única.
Vale ressaltar que o conceito “crime virtual” é um pouco amplo, mas nesse caso estamos falando na proteção das informações. Assédio recebido em uma rede social não entraria nesse sentido, a não ser que, por exemplo, fossem usadas fotos íntimas roubadas para ameaçar a vítima.
Quais os perigos dos ataques virtuais?
Depois de tudo o que falamos aqui sobre ataques virtuais, fica clara a importância da cibersegurança como uma prática a ser aplicada no dia a dia. Isso porque os perigos são muitos.
Bloqueio ou roubo de dados, falhas no sistema, interrupção das operações, pedidos de resgate, ameaças e muito mais. Sofrer uma invasão, seja em um computador pessoal ou em uma rede empresarial, é estar sobre o risco de perder tudo o que se construiu.
Um ataque bem feito pode impactar a economia de um país, mesmo ele sendo uma das grandes potências do mundo.
Um exemplo bem claro disso aconteceu em maio de 2021. Nos Estados Unidos, a Colonial Pipeline. operadora de oleoduto, sofreu um ataque de ransomware e teve de parar suas operações até poder resolver o problema.
Se criativos, os hackers podem fazer de qualquer coisa um alvo. Nesse caso, os serviços médicos e de varejo estão entre os maiores alvos. Isso porque há uma quantidade absurda de dados importantes armazenados nesses setores e a segurança tende a ser menor.
E está enganado se acha que a sua empresa está livre por ser de pequeno ou médio porte. Segundo um estudo do Sebrae, pequenos e médios negócios são os principais alvos dos hackers, principalmente porque as medidas de cibersegurança costumam ser menores.
Com isso dá para ver que os perigos dos ataques podem ir desde vazamento de fotos íntimas até problemas que colapsam a estrutura de um país inteiro.
Os principais tipos de ameaças virtuais
Para combater as ameaças virtuais é preciso conhecê-las a fundo. Tudo isso ao belo estilo “conheça o seu inimigo como a si mesmo e não precisa temer o resultado de cem batalhas”.
A frase de Sun Tzu é bem-vinda nesse contexto, pois toda invasão é baseada em conceitos e objetivos. Todo vírus é uma programação que pode ser combatida, mas, para isso, é necessário saber com que se está lidando.
A lista de ameaças é grande, portanto vamos abordar aqui as principais. Confira:
1- Engenharia social
Esse é o conceito mais malandro e rústico de invasão, pois quem a promove não precisa saber tanto sobre TI. Um bom engenheiro social é aquele que irá invadir uma conta pessoal, por exemplo, estudando apenas o alvo.
Ele pode olhar postagens em uma rede social para deduzir senhas fracas baseadas nos gostos das pessoas. Também pode se passar pelo alvo para entrar em contato com as empresas, em busca de conseguir acesso a contas de banco.
Em muitos desses casos, a simples prática de conscientização do usuário final a respeito da importância da cibersegurança poderia servir para evitar uma série de problemas. Isso porque a engenharia social é refinada, mas pode esbarrar em uma defesa pessoal simples.
2- Injeção de SQL
É um ataque realizado para tomar posse de dados, aproveitando falhas no sistema do alvo. Geralmente empresas estão em foco aqui, pois são elas que podem ser mais afetadas e o risco valerá o ganho para o hacker.
3- Botnets
Estes, por sua vez, se aproveitam da limitação dos sistemas. Com centenas de milhares de robôs, uma rede pode ser invadida de forma a gerar brechas para roubo de dados ou simplesmente fazer com que a operação caia.
Um botnet também pode ser usado para disseminar a contaminação de computadores, como o Cutwail. Os criadores desse bot conseguiram, em seu auge, se tornar os responsáveis por quase metade dos spams da internet. Conseguem imaginar?
4- Adwares
Também funcionam e são dedicados a se propagar através de comerciais, que ao serem acessados podem infectar um aparelho.
Enquanto isso, os cavalos de tróia estão mais ligados à obtenção de arquivos e programas infectados e, como já mencionamos os ransomwares, sobram os spywares. O nome deles já diz tudo, eles servem para espiar o alvo sem que ele saiba. Com isso podem ser observadas informações, mas principalmente toda a dinâmica de trabalho de uma pessoa ou empresa.
Como é feita a cibersegurança?
Depois de tanto falar sobre os riscos, as ameaças e tudo o que pode acontecer com uma empresa, vamos a como funciona a cibersegurança. Valendo ressaltar que: ela não é um programa salvador e sim um conjunto de práticas.
Assim sendo, é importante saber também que não existe uma fórmula secreta para se trabalhar a cibersegurança. Por isso, muitas empresas caem em golpes ou invasões devido à má aplicação desse conceito.
Nesse cenário, quando você contrata uma empresa especializada em cibersegurança para prevenir ou solucionar ataques, por exemplo, ela não vai apenas instalar um programa nos computadores. Mas sim, fará um conjunto de ações que vão proteger os dados da organização.
Dessa forma, os pilares da cibersegurança são: segurança de rede, segurança de aplicativos, segurança da informação, segurança operacional, administração de crises e educação do usuário final.
Cada um desses conceitos foca em um problema específico e deve ser priorizado aquele que, se em falta, pode afetar mais a empresa. Por exemplo, uma organização apenas com rede local pode focar na educação do usuário final.
Isso porque as principais formas de entrada nessa intranet são os próprios usuários. Com pendrives que passaram por lugares sem proteção ou por terem suas identidades roubadas por engenheiros sociais.
Para uma boa aplicação da cibersegurança é preciso um bom profissional de TI ou uma boa empresa terceirizada para gerir esses conceitos.
Como ela protege a sua empresa?
A cibersegurança tem como objetivo blindar as empresas de invasões e fazer com que a organização não seja uma vítima, mas apenas um alvo que sofreu tentativas. É impossível esconder uma empresa do mapa para evitar ataques, mas quando eles chegarem é preciso estar pronto!
E no caso de uma empresa ser invadida, é a cibersegurança que irá acionar os protocolos para evitar danos e recuperar a operação. Um exemplo está no caso já citado da Colonial Pipeline.
Após a barreira ser rompida e o ransomware ser instalado, as portas da operação foram fechadas para evitar que outras áreas do sistema da empresa fossem afetadas. Depois disso, começou-se o trabalho para a remoção do malware.
E como ficar por dentro das boas práticas de segurança?
Bem, não existe uma receita de bolo quando o assunto é segurança. Ao longo do artigo, te explicamos que existem diversos tipos de ataques, bem como necessidades distintas para cada empresa.
Dessa forma, o ideal é procurar a ajuda de especialistas para apoiar a agir da melhor forma possível.
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